Como tratar o problema das
drogas?
O psiquiatra Flávio Gikovate é taxativo: não
existe receita. Cada caso tem sua complexidade, e o correto é, antes de
mais nada, informar-se e buscar ajuda profissional. Ele também destaca
que a grande maioria dos jovens usuários fazem uso das drogas por algum
tempo, e depois param. Apenas um pequeno número continua usando drogas
na vida adulta, e um número ainda menor se torna dependente.
Aliás, quanto à dependência química e psicológica, somente um
profissional especializado no assunto pode fazer o diagnóstico e
encaminhar ao tratamento, que raramente envolve procedimentos como
internação ou medicação.
Mas, se o usuário já ultrapassou a linha do consumo eventual e/ou começa
a sentir os efeitos nocivos das drogas sem conseguir reagir a eles, é
hora (ou já se passou da hora) de se iniciar um tratamento.
Para superar o vício, o dependente precisa, antes de tudo, querer. Mas,
se não houver uma vontade por parte do usuário, a intervenção
familiar é bem-vinda e, em muitas vezes, consegue sucesso. Instituições
de todos os tipos entram nessa batalha de cura. Os Narcóticos Anônimos,
uma das mais conhecidas instituições, estabelecem passos básicos para
o tratamento do usuário de drogas. Esses "passos" incluem a
admissão de que existe um problema, a busca de ajuda, auto-avaliação,
partilha do problema preservando a identidade do dependente, reparação
de danos causados pelo dependente e trabalho com outros usuários de
drogas que queiram se recuperar.
Existem muitos tipos de dependências e o tratamento para cada uma delas
é diferente. O tratamento também varia dependendo das características
do paciente. Problemas mentais, ocupacionais, de saúde, ou sociais, que
tornam as pessoas dependentes dificultam ainda mais o tratamento. As
terapias comportamentais oferecem às pessoas estratégias para serem
usadas nas crises de ausência da droga. Ensinam aos usuários meios de
abandonar a droga e de evitar recaídas, e ajudam a lidar com as recaídas
caso elas ocorram.
Os melhores programas juntam uma combinação de terapias e outros serviços
para atingir as necessidades individuais do paciente que são ajustadas
de acordo com a idade, raça, cultura, orientação sexual, gravidez,
parentesco, moradia e emprego.
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