Aspirina
pode prevenir câncer de boca e garganta
A aspirina pode reduzir o risco de contrair os
tipos de câncer que atingem o trato aerodigestivo (que
vai da boca ao estômago), se for tomada por no mínimo
cinco anos, segundo estudo publicado hoje pelo British
Journal of Cancer.
A pesquisa, coordenada pelo Instituto Farmacológico de
Milão, revela que a aspirina, além de ajudar a combater
a dor, doenças cardíacas, artrite e febre, também pode
servir para reduzir as possibilidades de desenvolver câncer
de boca, garganta e esôfago, entre outros.
Além disso, seus efeitos poderiam ser ainda mais benéficos
se tomada por um período maior de tempo, embora ainda
seja necessário estudar os possíveis efeitos colaterais
de seu uso a longo prazo.
"Esta é a primeiro prova quantitativa de que
tomar aspirina pode reduzir o risco de desenvolver um câncer
no que chamamos de trato aerodigestivo", afirmou a
chefe da pesquisa, a doutora Cristina Bosetti.
O estudo levou em conta a dieta e os hábitos de
consumo de álcool, tabaco e aspirinas de 965 pacientes
com câncer e de outros 1.779 que foram ao hospital por
outras razões.
Bosetti explica que a aspirina poderia atuar sobre uma
enzima que tem um papel importante tanto na inflamação,
como na aparição do câncer de garganta.
Esta não é a primeira notícia sobre os benefícios
que o remédio pode ter no tratamento do câncer, já que
outros estudos mostraram as vantagens da aspirina no
tratamento do câncer de esôfago, próstata, pulmão, cólon,
mama e pâncreas.
Agência EFE
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