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Quem paga a conta do softwre
livre?
Há quem pense que software livre é diletantismo. Não é bem assim, há
muita gente escrevendo software de 9 às 6, alguns até de gravata, em empresas
públicas e privadas. Entenda porque.
Ricardo Bánffy
Outro dia, em uma palestra na Assembléia Legislativa sobre o uso de software
livre na administração pública, eu ouvi, pela ducentésima vez, alguém
perguntar de onde, afinal, vem o dinheiro para custear o desenvolvimento de
tantos programas.
Não fiquei surpreso por ouvir a pergunta. Mas fiquei muito surpreso que as
primeiras respostas não dessem conta de alguns fatos importantes. Me senti
compelido a pedir o microfone à mesa e colocar, eu mesmo, por terra os temores
do meu colega.
Esta é uma das perguntas clássicas que pessoas inocentes ou mal-intencionadas
adoram fazer. Eu prefiro acreditar que este rapaz (devia ter mais ou menos a
minha idade, logo, vou chamá-lo de rapaz) era do primeiro grupo, embora ele
estivesse cercado de pessoas que faziam, evidentemente, parte do segundo.
Uma noção errada que muita gente ainda tem é de que software livre é feito
nas horas vagas de profissionais que, depois de voltar pra casa do trabalho,
fazer jantar, levar o cachorro passear e colocar os filhos para dormir, ainda
encontra tempo para escrever software.
Bom... Não quero desmerecer estes heróis, mas eles não estão sozinhos.
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