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Holanda
rejeita tentativa de controle ao Kazaa
A
Suprema Corte da Holanda rejeitou hoje uma tentativa de uma agência de
direitos autorais musicais para impor controles sobre o popular serviço
de troca de arquivos online Kazaa, decisão que a indústria fonográfica
considerou incorreta.
O veredicto é um novo
revés para a indústria da mídia, que vem lutando para fechar as redes
de trocas de arquivos que, alega, criaram um imenso mercado negro de música,
filmes e videogames gratuitos na Internet. "A vitória do Kazaa cria
um importante precedente para a legalidade do software de troca de
arquivos, tanto na União Européia quanto em outros lugares",
afirmou o escritório de advocacia Bird & Bird, que representou o
Kazaa, em comunicado.
A decisão do tribunal
holandês, a mais elevada instância judicial européia a julgar casos
relativos a software de troca de arquivos até agora, significa que os
criadores e os distribuidores desse tipo de software não podem ser
responsabilizados pelo uso que os indivíduos dêem a ele. A decisão não
envolve nenhum aspecto de uso individual desse tipo de rede.
A International
Federation of the Phonographic Industry (IFPI), associação setorial que
representa gravadoras de grande porte e independentes, entre as quais
Warner Music, Sony Music, BMG, EMI e Universal Music, criticou a decisão
como e prometeu continuar sua campanha judicial em outros países.
"A decisão da
Suprema Corte holandesa sobre o Kazaa hoje é um veredicto equivocado, mas
ainda assim não deixa nenhuma dúvida de que a maioria das pessoas que
está usando serviços de troca de arquivos como o Kazaa estão agindo
ilegalmente - não importa em que países se localizem", declarou a
associação em comunicado.
A indústria da música
nos Estados Unidos, que está sentindo o aperto de anos sucessivos de
queda de vendas, começou a processar os indivíduos que fazem downloads,
muitos dos quais usuários do Kazaa. A IFPI declarou que é possível que
campanha judicial semelhante seja lançada na Europa.
Reuters
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