Estréia
loja
de músicas online da Microsoft
Hector Lima
A Microsoft deve inaugurar esta semana um serviço de
venda de músicas online similar ao iTunes da Apple. A notícia
é uma surpresa porque ter uma loja de músicas nunca
esteve nos planos da mega-corporação, ainda que seja uma
promessa de longa data, já esquecida por muitos.
"Ainda
estamos muito confortáveis com a estratégia de dar condições
para que muitos e muitos parceiros montem essas coisas, ao
invés de erguer um serviço proprietário fechado
nosso" foi a declaração do manager David Caulton em
maio de 2003.
Todos têm
direito de mudar de idéia. A gigante de Redmond mudou
quando a dobradinha iTunes-iPod criou massa crítica
suficiente para se tornar sinônimo de música digital
portátil - e ícone Pop.
A loja da
Microsoft, ainda sem um nome oficial, deve abrir nesta
quinta-feira, quando uma nova versão beta do Windows
Media Player 10 será tornada disponível. A jogada é
distribuir música através do novo software, criando a
necessidade de os consumidores dependerem exclusivamente
dos produtos da empresa. Uma vez com o software rodando em
seus PCs, os clientes da loja poderão baixar músicas ao
custo de US$ 0,99 cada e papear com outras pessoas através
de uma função de chat.
Além de
enfrentar processor antitrustes mundo afora, a Microsoft
foi obrigada nos Estados Unidos a tirar um link escondido
no Windows que abria uma janela do Internet Explorer para
uma loja de CDs da empresa. Isso sem contar a pressão
judicial de entidades européias e da RealNetworks, que
alega que o uso do WMP em um serviço de venda de músicas
não passa de monopólio puro e simples.
A iniciativa
da Microsoft parece ter mais a ver com marcação de
território do que com um projeto mais competitivo porque,
ao contrário da Apple, não há um gadget simpático
envolvido no pacote.
Ainda que
exista uma variedade de opções de hardware quando se
fala de MP3 players portáteis, o iPod já está enraizado
demais na mente dos usuários (de PC inclusive) para ser
deixado de lado tão rápido.
|