A velocidade do futuro 

Vaine Luiz Barreira

A velocidade com que as inovações tecnológicas são anunciadas hoje em dia é realmente impressionante. As grandes ondas do momento são a conexão com a Internet via aparelho de televisão e a navegação pela Web através dos telefones celulares. Todas essas novidades começam a desembarcar este semestre com força total aqui no Brasil.

O ritmo é tão alucinante que, quando pensamos em futuro, já não estamos mais pensando em décadas ou anos, mas sim em frações de meses. Na verdade, quando falamos em tecnologia, a própria idéia de tempo começa a ficar comprometida. Quantas vezes não ouvimos falar: “Daqui a 5 anos estaremos usando isso.” e, nem bem esse tempo é decorrido, já estamos ouvindo novamente: “Daqui a 5 anos ... daqui a 5 anos ...”. A velocidade da transformação é tamanha que sempre estamos esperando pelos próximos 5 anos. A um ritmo desses, onde será que iremos parar ? Isso, se pararmos! Estamos tão acostumados com essas mudanças que elas já fazem parte de nosso cotidiano.

Mas, em meio a essa loucura desenfreada, um conceito sombrio parece que ficou para trás: a de que o homem seria “robotizado”, tendo seus sentimentos codificados em bits e bytes. Filmes como Blade Runner e Robocob tratam do futuro homem + máquina como uma união fria, em que a aura digital prevalece sobre a humana.

Com a tecnologia caminhando para onde está, podemos imaginar que o homem conseguirá superar todas as suas barreiras físicas com o auxilio dessas inovações. Computadores de bolso farão parte do passado daqui a algum tempo. Nós vestiremos nossos computadores junto com nossas roupas. As telas dos monitores serão projetadas no espaço como se fossem hologramas. Estaremos conectados 24 horas por dia numa rede mundial única - a evolução da própria Internet. Um simples passeio com a família poderá ser transmitido ao vivo para qualquer parte do mundo através de nossos óculos com funções de câmeras de vídeo. O conceito de solidão deverá ser revisto. Nossa geladeira conectada ao supermercado ficará incumbida de solicitar seu abastecimento.

Todo este cenário futurista dará ao homem um maior poder de conhecimento, mostrando que, nesse caso, a tecnologia pode funcionar como um instrumento de libertação e não de aprisionamento, como imaginávamos anteriormente.

 

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