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AMD-
venderá computador de baixo custo no Brasil
A AMD pretende começar a vender um computador de baixo custo no Brasil até
o final deste semestre. Chamado de Personal Internet Communicator (PIC),
o PC tem custo de cerca de US% 200, ou R$ 540, e faz parte da estratégia
da empresa para levar acesso à Internet a 50% da população mundial até
2015.
A máquina é equipada
com disco rígido de 10 Gb e tem portas USB para conexão de periféricos
como impressoras. O produto tem aproximadamente o tamanho de um livro
grande e vem equipado com sistema operacional Windows CE e programas de
escritório da Microsoft. Lançado na Índia em outubro do ano passado, o
PIC é vendido no país asiático por cerca de US$ 185 sem monitor e por
US$ 250 com a tela.
A expectativa da empresa
é que o PIC seja enquadrado no programa do governo federal PC Conectado,
de inclusão digital. "O PIC é um produto de informática e acho que
o mesmo modelo de redução de impostos para os fabricantes de
computadores poderá ser usado", disse Scodiero. Ele afirmou que o
custo de US$ 185 pode sofrer acréscimo de 20% a 30% por causa da carga de
impostos do país.
A companhia, que briga
com a Intel nos mercados de computadores pessoais e servidores, negocia a
produção do PIC, no País, com duas empresas que fabricam produtos eletrônicos
sob encomenda. Sem divulgar números, o diretor da AMD para o Cone Sul,
José Antonio Scodiero, afirmou que a companhia negocia também com
operadoras de telefonia que poderão ficar encarregadas da distribuição
do PIC. "Elas são as empresas que têm o maior acesso entre estas
pessoas de baixa renda. Sabem os riscos de financiamentos e possuem
infra-estrutura de acesso à Internet", afirmou.
"Falando
francamente, o produto está indo mais devagar na Índia do que gostaríamos",
disse o presidente-executivo da AMD, Hector Ruiz, a jornalistas, citando
questões sobre necessidade de aplicativos e financiamento específicos
para cada região.
A AMD tem cerca de 40% de
participação no mercado brasileiro de processadores para PCs, de cerca
de 4 milhões de unidades vendidas por ano, segundo a companhia de
pesquisa do mercado de tecnologia IDC.
Sobre a possibilidade de
instalação de uma fábrica de chips no Brasil, Ruiz afirmou: "Vamos
abrir nas próximas semanas uma fábrica na Alemanha e somente nos próximos
três anos vamos analisar a necessidade de instalação de uma nova fábrica
(no mundo)."
Reuters
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