Os engenheiros que construíram o caminhão gigante Caterpillar Mining Truck uniram-se aos cientistas da computação da Carnegie Mellon University, em Pittsburg (EUA), para fazer uma versão autônoma do veículo. Ainda em fase de projeto, o objetivo da automação seria trazer mais segurança às operações de transporte em minas.De acordo com a Discovery News, o motivo de as duas companhias transformarem o caminhão em robô é, além das já citadas melhorias na segurança (o ambiente de mineração é sempre perigoso para humanos), a redução de custos graças à eficiência e à produtividade, além do aumento de disponibilidade - robôs não ficam doentes e nem fazem greve. Cientistas da Carnegie Mellon calculam que, se o autômato funcionar 24 horas por dias, sete dias por semana, a produtividade pode ter um ganho de mais de cem por cento em relação ao que se tem hoje, com operários humanos trabalhando em turnos.
Entre os diversos gadgets que vão incorporar o caminhão robótico estão um GPS para monitorar e controlar a direção da máquina, lasers que varrem a estrada para identificar objetos grandes e um equipamento de vídeo que identificará se os objetos à frente são perigosos.
Todas as informações capturadas pelo sistema da versão robótica do carro, que consegue transportar até 240 toneladas de dentro das minas, serão repassadas a um software que dirá ao robô como proceder: se deve ir adiante, desviar de obstáculos ou parar. Tudo isso de forma precisa.
O software de controle do robô será adaptado a partir do projeto desenvolvido pela Carnegie Mellon para a DARPA Urban Challenge, uma competição que requer veículos equipados com sensores e sistema de inteligência artificial para andar em um meio urbano, com obstáculos. O software passará por algumas modificações para se adequar às minas.
Não é a primeira vez que um caminhão robótico de grande tonelagem é projetado. A japonesa Komatsu já fabrica e comercializa veículos parecidos há algum tempo. Entretanto, o modelo oriental é bem menor do que o americano Caterpillar Mining Truck - embora sua automação não tenha saído do papel.
Para Tony Stentz, professor na Carnegie Mellon que está envolvido com o projeto, daqui a dez anos a tecnologia será expandida para outros campos, além da mineração, e encontrará seu caminho entre os carros e caminhões dos consumidores.
Essa tecnologia, contudo, ainda precisa ser muito aperfeiçoada até que os motoristas possam confiar nela, de forma que os sistemas que promovem a autonomia dos veículos ainda não são suficientes, deixando o motorista no comando.
O robô, com seu gigantesco motor de 24 válvulas e 3.550 cavalos, empurra o caminhão a até 42 milhas por hora (cerca de 70 km/h). Além do seu próprio peso, de 700 toneladas, o motor tem ainda que carregar mais 240 toneladas de minério.
Um vídeo que mostra o Caterpillar Mining Truck original (isto é, sem a automação) pode ser visto pelo atalho tinyurl.com/5hbgzg.
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