IBM
consegue emitir luz de nanotubo de carbono
A gigante da
informática IBM anunciou um avanço tecnológico que pode levar à
construção de computadores mais rápidos e menores. A empresa anunciou
na quinta-feira que conseguiu emitir luz a partir de moléculas de
carbono. Na busca por aparelhos de computação cada vez menores, os
pesquisadores tentam substituir o silício como a matéria-prima básica
da construção de microprocessadores. Cientistas da IBM têm estudado
nanotubos de carbono --moléculas de carbono em formato de tubos que são
50 mil vezes mais estreitas que um fio de cabelo humano.
Ao trabalhar com
nanotubos, a IBM afirmou que foi capaz de conduzir corrente elétrica por
eles e de criar luz que pode algum dia ser usada para transferência de
dados. A luz é a base para as comunicações de alta velocidade. A IBM
publicou o avanço na edição da revista Science publicada na
sexta-feira.
David Tomanek, um
professor de física da Universidade de Michigan, comparou o efeito a um
clarão de luz que ocorre ao ligar e desligar uma fonte luminosa.
"Vamos dizer que é uma lanterna do tamanho de um nanômetro... que
pode ser ligada e desligada", afirmou Tomanek, que afirmou que esteve
trabalhando na NEC, concorrente da IBM, em um estudo parecido.
A luz pode carregar mais
informação por segundo que fios elétricos, disse o físico, o que
talvez possa ser usado em computadores em um futuro distante. Com a luz,
computadores podem trocar informações entre o microchip central e a memória
da máquina de maneira muito mais rápida que com a eletricidade,
melhorando sua performance. Há ainda problemas a serem resolvidos e o
desenvolvimento de tais máquinas pode estar distante ainda 10 anos,
afirmou Phaedon Avouris, gerente de ciência e nanotecnologia da divisão
de pesquisas IBM Research.
Os cientistas querem
substituir o silício porque afirmam que entre 10 e 15 anos será impossível
melhorar a performance dos chips. Além de nanotubos de carbono, os
cientistas buscam computadores baseados na rotação dos elétrons (spin)
e sensores microeletrônicos-mecânicos como substitutos do silício.
Reuters
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