Juro
de cheque especial atinge 178,5% ao ano, maior desde abril de 99
A taxa cobrada pelos bancos sobre o uso de cheque especial chegou a
178,5% em abril, a maior desde abril de 1999. Dados divulgados pelo
Banco Central (BC) mostram que houve um aumento de 0,6 ponto percentual
em relação a março, quando o custo estava em 177,9% anuais.
A manutenção da taxa
básica Selic em 26,5% ao ano, a pouca demanda, a alta inadimplência
e o conservadorismo na concessão de crédito pelas instituições
contribuíram para a elevação da taxa.
Assim, o ganho com a
diferença entre a captação e a aplicação atingiu o maior nível
desde o início da série do BC em 2000. O spread geral ficou em 34,1%
ao ano, pela média das operações pactuadas a juro prefixado, pós-fixado
e flutuante.
O custo do crédito pessoal elevou-se para 102,0% ao ano, aumento de 1,2
ponto em relação a março. Nos empréstimos a pessoas físicas foi
registrada queda de 3,2% nas operações de financiamento a veículos,
com taxa geral de 50,3% ao ano. Isso porque é notória a queda de
demanda para essa modalidade, pois o setor automobilístico vem
registrando quedas sucessivas de vendas.
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