Treinamento da mente
melhora memória em idosos
Manter a mente em forma através de aulas,
quebra-cabeças ou jogos de memória pode retardar a perda de memória
ligada ao envelhecimento em idosos, indicam descobertas de um novo
estudo. Durante a pesquisa, cerca de 3.000 adultos, na faixa dos 65 aos
94 anos, que receberam treinamento de memória, raciocínio e velocidade
de processamento conseguiram reverter a queda na capacidade mental,
ocorrida geralmente entre idosos.
Sabe-se que a função mental afeta a habilidade de uma pessoa de viver
independentemente, também conhecida como habilidade funcional, conforme
ela envelhece. O estudo não encontrou uma ligação entre as sessões
de treinamento e o funcionamento no dia-a-dia, de modo que mais
pesquisas são necessárias para investigar se as aulas fariam diferença
a longo prazo, já que o índice de declínio funcional foi mínimo.
Em sua totalidade, o estudo, publicado na edição de 13 de novembro do
The Journal of the American Medical Association, indica que a deterioração
mental ligada à idade é evitável, disse Richard M. Suzman, do
Instituto Nacional de Envelhecimento dos Estados Unidos.
"O experimento foi altamente bem-sucedido em mostrar que podemos,
ao menos em laboratório, melhorar certas habilidades de pensamento e
raciocínio em idosos", afirmou ele. Para avaliar o efeito de
diferentes tipos de treinamento de memória sobre a função mental, uma
equipe liderada por Karlene Ball, da Universidade do Alabama, em
Birmingham, dividiu os voluntários em quatro grupos. Um grupo passou
por 10 sessões de treinamento de memória durante as quais eram
ensinadas técnicas para lembrar listas de palavras e sequências de
itens.
O segundo grupo aprendeu a resolver problemas seguindo um determinando
padrão de raciocínio; o terceiro melhorou a velocidade de
processamento através de buscas visuais e o quarto não recebeu nenhum
tipo de treinamento.
As sessões estavam voltadas a uma melhora da memória que fosse útil
no cotidiano. Habilidades de solucionar problemas, por exemplo, podem
auxiliar na leitura do horário de ônibus ou no preenchimento de uma
ficha. Os autores do estudo ainda sugerem que conseguir achar uma
informação rapidamente pode ser de grande ajuda na hora de encontrar números
de telefones ou os remédios certos.
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