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Cientistas conseguem "teletransportar"
átomo pela primeira vez
da Folha Online
Cientistas norte-americanos e austríacos, trabalhando independentemente,
conseguiram, pela primeira vez, teletransportar uma partícula maciça como o átomo
sem utilizar uma ligação física.
Os pesquisadores, na verdade, conseguiram transferir o chamado estado quântico
de um átomo, isto é, passaram algumas propriedades físicas como energia,
movimento e campo magnético para outro átomo.
A façanha está longe de tornar possível viagens de humanos de um lugar para
outro em questão de segundos, mas pode ajudar a desenvolver a tecnologia da
computação quântica, permitindo a criação de computadores muito mais
velozes.
Os estudos, que serão publicados na revista "Nature", foram
desenvolvidos por físicos da Universidade de Innsbruck, na Áustria, e do Nist
(Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia, na sigla em inglês), dos Estados
Unidos.
A teoria básica do teletransporte quântico foi desenvolvida em 1993 pelo físico
Charles Bennet. Para sua utilização na informática, é necessária a manipulação
de informações contidas no estado quântico do átomo.
"Usando o teletransporte como nós fizemos, é possível realizar operações
lógicas muito mais rapidamente", disse David Wineland, chefe da pesquisa
do Nist. "Há muitas implicações, mais no campo científico", diz
Blatt, acrescentando, porém, que a ciência ainda está muito distante de um
teletransporte semelhante ao da série "Jornada nas Estrelas".
Há dois anos, cientistas da Universidade Nacional da Austrália relataram ter
tido sucesso com experiências em teletransporte. Porém, eles não trabalharam
com partículas maciças, mas com um feixe de laser, que saltou de um ponto a
outro em uma minúscula fração de segundo.
Com Reuters
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