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Excesso de frutose altera hormônios
e dá fome, diz estudo
da Folha Online
Estudo realizado nos EUA relaciona o consumo de frutose --uma forma de açúcar
comum em frutas, mel e xaropes adoçantes-- a alterações na regulação do
apetite que levam à fome.
Para comprovar a teoria, pesquisadores do Monell Chemical Senses Center, na
Filadélfia, observaram o comportamento de dois hormônios relacionados à sensação
de satisfação após a comida --a insulina e a leptina.
Eles deram de comer a 12 mulheres de peso normal que, em seguida, bebiam um suco
adoçado com a mesma quantidade de frutose contida em duas latas de
refrigerante.
O resultado: depois de beber o suco, os participantes da pesquisa ficaram com
baixos níveis de insulina e leptina. Por outro lado, os níveis de ghrelin
--hormônio produzido pelo estômago que ajuda o organismo a saber se está na
hora de comer-- ficaram altos.
"Achamos que [essa alteração hormonal] pode levar a comer mais", diz
Karen Teff, médica norte-americana responsável pelo estudo.
Ela recomenda que as pessoas que brigam com a balança devem limitar a ingestão
de refrigerantes e outras bebidas que são adoçadas com frutose, presente em
adoçantes com xarope de milho. "Mudei meus hábitos alimentares por conta
disso, honestamente", disse.
A cientista explicou que bebidas adoçadas com glicose --e não com frutose-- não
dão tanta fome porque ela dispara a produção de insulina pelo pâncreas, o
que diz ao organismo: "você está satisfeito". Além disso, a glicose
seria metabolizada de uma maneira mais saudável que a frutose.
A pesquisa foi publicada na edição de 4 de junho do "Journal of Clinical
Endocrinology and Metabolism".
Com agências internacionais
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