Especialistas detalham perfil dos usuários de páginas eróticas

MARIJÔ ZILVETI
da Folha de S.Paulo

Para alguns especialistas, a internet equivale às revistas e filmes eróticos e pornográficos. É vantajoso por permitir o anonimato.

É o que avalia Jairo Bouer, psiquiatra e colunista da Folha. Na sua opinião, a visita a sites de sexo é uma curiosidade. Segundo Bouer, o público majoritário que acessa essa categoria é masculino e está na faixa etária de 13 a 26 anos. "No início, eles entram por curiosidade, em busca de erotismo e pornografia." A internet, diz o psiquiatra, tem a vantagem de reunir um acervo grande.

Bouer avalia que a maioria dos interessados por sites de sexo "é composta por gente comum, que busca uma forma de prazer".

Para o terapeuta e escritor Sergio Savian, especialista em relacionamentos amorosos e dono do site www.mudancadehabito.com.br, a internet não é o único meio que atrai curiosos por sexo. "Isso deriva de alguns séculos de repressão, particularmente ligados à ideologia judaico-cristã."

Na sua opinião, hoje há vários perfis de quem visita sites de sexo, como o "masturbador compulsivo". "Ele não tem coragem de passar do virtual para o real", diz.

O outro é o "ficante compulsivo". "Usa a web para marcar encontros, mascarado de romântico, mas só quer sexo." Há o "ficante conformado" --o separado ou solteiro--, que se adaptou à linguagem de encontros casuais.

"Sem contar cinderelas e príncipes que idealizam um relacionamento e que não alcançam seus objetivos. Quem se dá melhor usa a web para uma aproximação saudável: conexão da sexualidade com o afeto."

 

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