Tecnologia revela rosto de múmia sem desenfaixá-la
 


Cientistas conseguiram obter um molde do rosto de um homem que morreu e foi mumificado no Egito há 3 mil anos sem tirar dele as bandagens. A informação foi dada hoje por pesquisadores italianos.

A reconstrução, feita com a ajuda de scanners, foi suficientemente detalhada para mostrar que o homem, chamado Harwa, tinha 45 anos quando morreu e apresentava uma mancha na têmpora esquerda, disseram os cientistas.

Os pesquisadores valeram-se de um método conhecido como multidetector de tomografia computadorizada (MDCT), que se serve de raios X melhorados por computador a fim de criar imagens tridimensionais.

"A única outra forma de termos obtidos as informações fornecidas pelo MDCT teria sido desenrolar a múmia e destruir as bandagens, alterando seu estado de conservação", afirmou Federico Cesarani, da Struttura Operativa Complessa di Radiodiagnostica, em Asti (Itália).

Em artigo publicado na edição de setembro da revista American Journal of Roentgenology, Cesarini e colegas pesquisadores disseram que a técnica poderia ser útil no trabalho de peritos criminais, antropólogos e médicos.

"A polícia pode utilizá-la para identificar corpos. Os antropólogos, para aprender mais sobre as pessoas de sociedades antigas. E os médicos, para conhecer melhor doenças que afetam pacientes idosos", afirmou Cesarini em um comunicado.

Os pesquisadores foram obrigados a adivinhar a cor do cabelo e da pele de Harwa, bem como a quantidade de gordura facial que ele teria, já que a gordura não deixa traços nos ossos como os músculos.
 
Reuters

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