50% do Viagra vendido pela web
é falso, diz pesquisadora
da Folha Online
Cerca de metade dos comprimidos de Viagra vendidos pela internet são
falsificados, afirma um estudo conduzido por um pesquisadora britânica.
Nic Wilson, da Universidade de Londres, testou amostras de comprimidos comprados
pela web usando uma nova técnica que conseguiu identificar com precisão os
tabletes falsos.
A técnica usada pela pesquisadora é a microscopia com infra-vermelho, que dá
um relatório mais detalhado dos componentes de cada comprimido. A tecnologia é
similar a espectroscopia com infra-vermelho, porém mais precisa.
Ela diz ainda que a probabilidade de os Viagras comprados pela internet não
terem efeito clínico é alta. "Um comprimido falsificado pode conter
lactose como ingrediente, enquanto os originais não têm esse
ingrediente", disse ela ao site da "BBC" (news.bbc.co.uk).
"A espectroscopia podia apenas mostrar que os comprimidos são diferentes,
enquanto a microscopia pode identificar a presença de ingredientes como a
lactose", afirmou a pesquisadora.
Risco
A maioria das amostras testada continha pouco do sildenafil, o princípio ativo
do Viagra. Elas também tinham componentes diferentes do remédio, produzido
pela gigante farmacêutica Pfizer.
"Não sabemos quais componentes podem ser prejudiciais à saúde, mas quem
comprar Viagra on-line corre o risco de comprar remédios sem efeito clínicos e
possivelmente tóxicos."
A Pfizer, que recebeu bem a iniciativa, também está estudando as amostras.
"Não recomendamos às pessoas que comprem remédio sem prescrição médica
pela internet", afirmou um porta-voz da companhia.
"É importante que os homens passem com seus médicos para avaliar se
realmente têm disfunção erétil", disse ele. "Sem saber com quais
ingredientes foram produzidos os remédios falsos, um paciente pode colocar sua
saúde em sério risco."
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