Saiba o que fazer para
atualizar seu micro
da Folha de S.Paulo
Por motivos óbvios, as empresas de informática querem que os usuários troquem
seus PCs com a maior freqüência possível. Os softwares também ficam mais
"pesados", ou seja, exigem mais poder de processamento, a cada ano.
Mas isso não significa que você tenha de jogar fora sua máquina antiga e
comprar uma nova. A arquitetura dos computadores é modular: quase todas as peças
podem ser trocadas.
Isso geralmente é fácil --basta lembrar que, já nos anos 80, grande parte dos
micreiros montava seus PCs em casa-, mas, se você não se sente seguro, pode
comprar as peças e levá-las para instalação numa assistência técnica, que
cobra a partir de R$ 50 pela mão-de-obra (leia o manual do PC ou consulte o
fabricante para achar uma oficina).
Outra opção é solicitar a atualização na própria assistência técnica,
mas atente ao valor das peças, que pode ser maior, e certifique-se de que o
upgrade sugerido corresponda a suas expectativas.
Chip principal
A velocidade do processador (CPU) é o único fator considerado por muitos dos
interessados em turbinar seus micros. Isso é errado, pois várias outras peças
têm impacto igualmente relevante na performance geral, e é preciso manter o
equilíbrio --de nada adianta ter um chip ultrapotente se a placa de vídeo, por
exemplo, é fraca, ou há pouca memória RAM.
Se essas ressalvas forem levadas em conta, a troca da CPU pode ser proveitosa e
acessível (os chips básicos custam a partir de R$ 200). Como a Intel e a AMD
freqüentemente mudam o tipo de encaixe dos processadores, o upgrade não é tão
simples: os chips mais modernos simplesmente não funcionam nos soquetes de
placas-mãe antigas.
Consulte o manual do PC ou use o programa Sandra para descobrir a marca e o
modelo da placa-mãe. Em seguida, acesse o site do fabricante dela e verifique
qual é o processador máximo suportado.
As possibilidades variam conforme a placa, mas, grosso modo, o caminho mais viável
é substituir um chip "econômico" (linhas Duron, da AMD, e Celeron,
da Intel) por um de "performance" (Athlon e Pentium).
A troca da CPU, junto com a placa-mãe, é a tarefa que pode apresentar
dificuldade para leigos.
Você pode adquirir o chip e instalá-lo por conta própria, mas isso requer
cautela: a remoção do cooler --ventoinha que fica montada sobre a CPU-, que é
preso por dois grampos de metal, exige uma combinação de força e delicadeza.
Não use o cooler do processador antigo, pois ele provavelmente está desgastado
e tem baixa capacidade de refrigeração. Prefira um novo (a marca com melhor
relação custo-benefício é a Cooler Master, cujos modelos custam a partir de
R$ 45 nas lojas da rua Santa Ifigênia, em São Paulo).
O upgrade mais radical é trocar a placa-mãe do computador. Como ela interliga
todas as demais peças, sua substituição, embora seja a mais complexa, é a
que dá melhores resultados, pois facilita a troca da memória e da CPU.
Esteja atento a um detalhe: se o seu computador usa o padrão AT, você terá de
trocar também o gabinete, por um do tipo ATX. É fácil descobrir se o micro é
AT: os PCs desse tipo não se desligam automaticamente quando o Windows é
encerrado, ou seja, aparece uma tela solicitando o pressionamento do botão
liga-desliga no painel frontal do PC.
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