Internet
- Era do videomail
E-mail
ganha força de imagens em movimento. Uma boa até para quem tem acesso
discado
E-mail com vídeo. Chat com vídeo.
Banners e propagandas com vídeo. Todas essas combinações eram
raras até pouco tempo atrás, mas a história está mudando. O vídeo
virou algo a mais para serviços já manjados da internet
brasileira, como o e-mail, o chat e por aí vai. E por quê? Em
primeiro lugar, por causa do crescimento do uso de internet de
banda larga. Segundo o Ibope eRatings, os usuários de internet rápida
já representam aproximadamente um terço dos 14 milhões de
internautas. Eles ainda são responsáveis por 60% do tempo de
utilização e por 70% do tráfego em sites multimídia.
"Tudo isso nos dá uma liberdade enorme para trabalhar com
conteúdos de vídeo", diz Pedro Cabral, presidente da Agência
Click.
Mesmo para os usuários de acesso
discado (para quem a simples menção da expressão vídeo na web
causa tremores), a coisa está ficando mais tranqüila. As
novidades na área de compressão de imagens, além da combinação
de vídeo com tecnologias como o Flash estão resultando em
arquivos bem mais leves. Portanto, mais fáceis de baixar e de
visualizar. É por todos esses motivos que várias empresas lançam
diferentes produtos que têm o vídeo como atração principal. São
novidades que vão virar tendência nos próximos meses e anos.
Muitos desses serviços têm um
jeitinho de faça-você-mesmo. Hoje, de posse de uma webcam e de
um microfone especial, o internauta pode criar, por exemplo,
e-mails bem mais incrementados. O Uol foi o primeiro provedor a
criar o serviço de videomail – que, na essência, se parece
bastante com o simples ato de anexar um arquivo a um e-mail.
Atualmente, a tecnologia está disponível entre os principais
provedores. Com o serviço, o usuário tem a opção de gravar uma
mensagem com vídeo e áudio (ou somente áudio), juntá-la a um
texto escrito e mandar tudo.
Quem recebe a mensagem só
precisa clicar em um link para ser encaminhado para uma página em
Flash com o vídeo. Para cada plano de assinatura, existe um número
determinado de mensagens que podem ser enviadas por mês. Em
compensação, cada e-mail pode ser mandado para incontáveis
pessoas.
Provocação
Os vídeos enviados por e-mail
oferecem tantas possibilidades que já tem muita gente de olho
nelas. São empresas e pessoas que enxergam uma nova possibilidade
de marketing.
O caso mais famoso atualmente é o da campanha
publicitária do Fiat Stilo Connect. O vídeo, dividido em três
capítulos, conta a história de uma paquera que acontece dentro
do carro.
A primeira parte do roteiro está disponível em grandes
portais. A segunda, no portal do Fiat Stilo Connect. Lá, os
interessados em saber o final da história podem se cadastrar para
recebê-la por e-mail. Foi criado um final para homens e outro
para mulheres.
Outros exemplos de utilização
de e-mails com vídeo são candidatos às eleições municipais,
instituições como a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e empresas
que oferecem ensino a distância. "O vídeo funciona como uma
provocação, um convite para que o internauta vá conhecer um
determinado site ou serviço", diz Cláudio Odri, diretor da
CdClip, empresa que realiza desde a captação de imagens para a
web até a compressão do vídeo já pronto (no formato .wmv).
Não importando para quem é a
propaganda, a ordem é criar vídeos leves que possam ser abertos
sem susto por usuários de internet rápida ou discada. Além
disso, a mensagem precisa ser rápida. "Ninguém assiste a vídeo
de três minutos na internet. Uns 20 segundos está ótimo e é o
tempo suficiente para a empresa dar seu recado", completa. E,
fundamental, o e-mail tem que ter sido solicitado pelo internauta.
Do contrário, o vídeo pode ser o mais bonito e bem produzido,
mas vai direto para a lixeira.
Os chats que combinam texto, voz
e imagem também estão entre os serviços que ganharam em recurso
e em interatividade com o vídeo. É igualmente simples participar
deles: basta ter uma webcam de qualquer modelo e um microfone,
inscrever-se e escolher o tema do papo. "Antes, o vídeo só
estava disponível nos chats com convidados. Era uma entrevista
gravada e exibida ao mesmo tempo em que o bate- papo
acontecia", lembra Frederico Monteiro, diretor de marketing
da Globo.com. "Aí pensamos: tão legal quanto poder ver alguém
famoso na internet é poder conversar e ver seus amigos em
qualquer lugar do mundo", diz. Hoje, o videochat permite que
até quatro pessoas conversem ao mesmo tempo. (Do Correio
Braziliense)
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