Pentágono cria nova
Internet para usar em guerras
Depois de desenvolver na década de 60 os
sistemas que se transformaram hoje na Internet, o Pentágono anunciou que
está construindo uma nova Internet para ser usada como arma contra possíveis
guerras no futuro. "A meta é dar a todos os comandantes e soldados
americanos um quadro em movimento de todos os inimigos estrangeiros e ameaças",
afirmou a reportagem publicada na edição de hoje do jornal The New
York Times.
A nova invenção está sendo chamada de Global Information Grid (grade
global de informação), ou GIG. Criada há seis anos, a tecnologia
somente teve suas primeiras conexões feitas seis semanas atrás.
Os defensores afirmam que computadores em rede serão a arma mais
poderosa no arsenal americano. "Unindo armas, inteligência secreta e
soldados em uma rede global mudará, segundo eles, as forças armadas da
mesma forma que a Internet mudou os negócios e a cultura", afirmam.
Já os radicionalistas do Pentágono perguntam se a guerra net-cêntrica
é apenas um modismo caro. Eles apontam para os combates de rua em Faluja
e Bagdá, dizendo que poder de fogo e blindagem ainda são mais
importantes que cabos de fibra óptica e conexões sem fio.
Menos otimistas, analistas teriam dito que os custos da nova Internet são
chocantes e os obstáculos tecnológicos imensos. "Poderá levar duas
décadas e centenas de bilhões de dólares para construir a nova rede de
guerra e seus componentes. Nos próximos cinco anos serão investidos US$
24 bilhões para construir novas conexões da rede de guerra" afirma
o periódico.
Em entrevista ao jornal, o subsecretário da Força Aérea, ao
Congresso, Peter Teets, chamou a tecnologia de a "Internet no céu",
permitindo a "marines em um jipe Humvee, em uma terra distante, no
meio de uma tempestade, abrirem seus laptops, requisitarem imagens"
de um satélite espião e "obter seu download em segundos".
Otimista, o secretário de Defesa, Donald H. Rumsfeld, teria afirmado que
a nova Internet seria o elemento mais transformador entre as forças
norte-americanas, "não será um sistema de armas, mas um conjunto de
interconexões", afirmou.
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