Mulher
que parou de sonhar está ajudando pesquisadores a revelar os mistérios
do sono
A mulher de 73 anos foi estudada no Hospital da Universidade de Zurique,
Suíça. Ela sofreu uma apoplexia (um tipo de acidente vascular
cerebral) e teve interrompido o fluxo sangüíneo em seu lóbulo
occipital (parte posterior de seu cérebro). Primeiramente, os sintomas
foram os normalmente associados à deficiência nesta parte do cérebro:
perda de parte da visão e dificuldade de movimento. Em poucos dias, porém,
isso desapareceu e surgiu um novo sintoma: a mulher tinha deixado de
sonhar.
“Ela costumava sonhar
de 3 a 4 vezes por semana”, disse Claudio Bassetti, da Universidade de
Zurique à revista New Scientist. A revista informa que, depois da
apoplexia, a mulher já está há um ano sem sonhar. No entanto, seu
sono e suas funções mentais não se alteraram.
A função dos sonhos
para o funcionamento do cérebro tem sido motivo de várias teorias
através dos séculos. Sigmund Freud, por exemplo, acreditava que eles
funcionavam como válvula de escape para sentimentos reprimidos. Outras
teorias dizem que os sonhos servem para esvaziar a mente após uma dia
agitado ou até resolver problemas que nos preocupam. Mas o estudo sobre
a mulher que parou de sonhar sugere que qualquer um pode viver sem os
sonhos. “Eu não acho que eles tenham alguma função real”, comenta
Jim Home, especialista em assuntos relacionados ao sono na Universidade
de Loughborough, Inglaterra.
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