Câmera ultrafina não dispensa zoom óptico

BRUNO GARATTONI
da Folha de S.Paulo

As câmeras digitais ultrafinas não são novidade, mas sua qualidade de imagem relativamente baixa sempre as tornou mais uma curiosidade do que uma opção real às máquinas maiores. A Sony DSC-T7 (R$ 2.499 em www.sonystyle.com.br) tenta mudar isso: embora meça apenas 6x9x1 cm, tem resolução de 5,1 Mpixels e até zoom óptico de 3x.

A máquina é relativamente ágil --leva três segundos para ligar, 2,5 segundos entre uma foto e outra e também tem um modo rápido, que captura aproximadamente quatro imagens em um segundo--, mas os testes detectaram um problema.

A DSC-T7 veio configurada para se desligar sozinha após cerca de quatro minutos de inatividade, tempo que não pôde ser ajustado pelos menus. Além disso, foi preciso fechar e abrir a tampa da lente para religar a câmera, pois o painel dela fica inoperante nessa situação. Por outro lado, como o deslocamento físico da lente é mínimo, não existe o perigo de acertá-la ao fechar a tampa deslizante.

O visor da DSC-T7, de 2,5 polegadas, chama a atenção --ocupa quase toda a traseira da máquina e permite ver as fotos detalhadamente. Seu tamanho acarreta alto consumo de energia, mas, segundo a Sony, a bateria agüenta 150 fotos a cada recarga. Ela é do tipo InfoLithium, ou seja, impede que você use pilhas comuns em emergências.

O cartão de memória fornecido é um MemoryStick Duo de 32 Mbytes, muito pequeno: cabem apenas 12 imagens com qualidade máxima ou 90 segundos de vídeo (na resolução de 640x480 pontos). Por isso, é praticamente obrigatória a aquisição de um cartão extra --no site da Sony, o mais simples é o de 512 Mbytes, que custa consideráveis R$ 649.

O tamanho da DSC-T7 significa que, sem um adaptador externo, não é possível conectá-la ao micro via USB nem recarregar a bateria. É preciso ter cuidado para não perder essa peça, que mede 4x3 cm. Como a máquina é muito fina --1 cm de espessura--, segurá-la com firmeza requer alguma prática. Em compensação, o fotômetro embutido mostra um aviso em situações de pouca luz, alertando para a possibilidade de que a foto saia, devido à exposição prolongada, tremida.

A qualidade de imagem é adequada, sem aberrações cromáticas evidentes, mas a minúscula lente da DSC-T7 (uma Carl Zeiss com apenas 1 cm de diagonal) impõe restrições: mesmo na resolução máxima, a câmera não consegue resolver perfeitamente determinados detalhes da imagem.

Quer dizer: na ampliação de fotos de 5,1 Mpixels tiradas com a ultracompacta Sony, a imagem perde definição mesmo antes do "estouro" da malha de pontos que a compõem -na prática, isso significa que a lente está limitando a resolução real da DSC-T7. Embora seja bem perceptível, o efeito só incomoda usuários exigentes.

A câmera da Sony é melhor que suas antecessoras, mas ainda não é comparável a uma máquina de tamanho normal. Apesar disso, tem resolução e relação custo-benefício --exceto pelo preço do cartão de memória- superiores aos de sua principal concorrente, a Casio Exilim (www.casionet.com.br). (BG)
 
 
 

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