|
Venda on-line
dobra no país em dois anos
Publicidade
SÉRGIO VINÍCIUS
da Folha de S.Paulo
As vendas do comércio eletrônico duplicaram nos últimos dois
anos no Brasil, tanto nas negociações entre empresas quanto na
comercialização direta para o consumidor final. É o que informa
a 8ª Pesquisa Comércio Eletrônico no Mercado Brasileiro, feita
pela FGV (Faculdade Getulio Vargas) e divulgada ontem.
Com o estudo sobre comércio eletrônico, a FGV também mostrou sua
17ª pesquisa anual sobre o mercado de informática no Brasil. O
estudo indica que há, atualmente no país, 32 milhões de
computadores em uso. E prevê que, em 2006, haverá um crescimento
de 15% sobre as vendas das 6,2 milhões de unidades
comercializadas no ano passado.
Segundo a pesquisa sobre comércio eletrônico, até março de 2004,
a participação das transações comerciais on-line realizadas
estritamente entre empresas --chamadas de business-to-business
(ou B2B)-- era pouco mais de 9% do total desse mercado.
Atualmente, somente 24 meses depois, esse tipo de transação
on-line já responde por 19,6%.
Com relação ao comércio eletrônico realizado entre usuários
finais e empresas, como internautas e lojas virtuais, os números
também mais que dobraram. O índice de negócio-a-consumidor
medido em março de 2004 respondia por cerca de 2,9% das vendas
diretas ao consumidor. Atualmente, segundo o estudo divulgado
pela FGV, esse mesmo índice está no patamar de 7,45%.
Na esfera negócio-a-negócio, o estudo informa que empresas do
ramo da indústria são as que mais forte investem no comércio
eletrônico, com 20,18% da participação no mercado. Em seguida,
aparecem companhias ligadas ao comércio (18,66%), e, por fim,
aos prestadores de serviços (17,52%).
No âmbito negócio-a-consumidor, o setor industrial também tem
grande destaque, com 8,46% da participação nesse nicho de
mercado. Em seguida, aparecem empresas do setor de serviços
(5,12%) e do comércio (4,77%).
Investimento
Apesar de ter havido crescimento no ramo de comércio eletrônico,
quase nenhum setor comercial investiu pesadamente na área. Prova
disso é que os gastos e investimentos em comércio eletrônico
atingiram a média geral de 1,02% da receita líquida das
companhias. A indústria investe no comércio eletrônico apenas
0,31% de sua receita líquida; o comércio aplica mais, 0,95%, e o
segmento que mais investe é o de serviços, com aplicação de
1,43% de sua receita líquida.
No ano anterior, a média de gastos e investimentos em comércio
eletrônico por parte dos mesmos setores de atividade tinha sido
de 0,8% (indústria, 0,28%; 0,86% no comércio; e 1,28% no setor
de serviços).
Para desenvolver o estudo, a equipe da FGV considerou 414
empresas, de vários setores econômicos, ramos de atividades e
portes. Entre as entrevistadas, estão companhias nacionais e
multinacionais, que operam no mercado brasileiro e atuam em
diversos níveis no ambiente digital.
Segundo dados da FGV, entre companhias pesquisadas, 40% atuam na
área de serviços, 35% na indústria e, por fim, 25% no comércio.
Os desenvolvedores do pesquisa não divulgaram os números
absolutos do estudo.
|
|
|