Apenas um em três consumidores rejeita DVD pirata, diz pesquisa

da Folha Online

Uma pesquisa do Datafolha encomendada pela União Brasileira do Vídeo (UBV) mostra que apenas um em cada três consumidores brasileiros (35%) compra exclusivamente DVDs e fitas de vídeo originais.

O público que rejeita DVDs e fitas piratas é formado majoritariamente por adultos com formação educacional e poder aquisitivo acima da média, de acordo com a conclusão do levantamento. Na outra ponta do mercado consumidor, os que assumem comprar somente produtos ilegais (17% dos entrevistados) são adultos, em sua maioria casados, mais pobres e com menor escolaridade.

Já o público que adquire DVDs e vídeos tanto legais quanto ilegais responde por 20% do total de pessoas ouvidas. O restante não opinou.

A pesquisa revelou também que a criação ou transação de produtos piratas ainda é realizada principalmente fora de casa: apenas 3% baixam filmes pela internet e 2% fazem suas próprias cópias. Segundo o levantamento, grande parte da população desconhece a relação entre pirataria e crime organizado.

Vantagens e desvantagens

O público fiel aos DVDs originais destacou algumas vantagens desses produtos. Entre elas, estão os extras (cenas dos bastidores das filmagens, cenas excluídas da edição final, entrevistas com atores e diretores etc.), que são assistidos por 58% desse público.

Outros motivos citados para se comprar um DVD original são o desejo de se colecionar o material (47%) e a intenção de presentear alguém (48%). Os fiéis aos originais relacionaram ainda alguns possíveis prejuízos da pirataria --vírus ao baixar o material da internet, citado por 65%, e supostos danos ao aparelho tocador de DVD, citado por 64%.

Ranking

A pesquisa, quantitativa, ouviu 535 pessoas nas principais cidade brasileiras. Entre os entrevistados que assumiram consumir apenas produtos piratas (17% do total), a maioria é de Brasília (24,6%), seguida por consumidores de Belo Horizonte (22,2%), Recife (20,7%), São Paulo (13,5%), Rio de Janeiro e Porto Alegre (9,5%).

Foram ouvidos homens e mulheres de 16 a 54 anos, das classes A, B e C, em novembro de 2006.

 

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