SÃO PAULO – As velocidades de banda
larga no Brasil acima de 1 Mbps já
representam 28,1% do total de 8,1
milhões de assinantes.
As informações foram divulgadas
pelo Barômetro Cisco de Banda Larga,
realizado em parceria com a
consultoria IDC, que analisou os
dados de acesso à internet em 2007.
O número de usuários que passaram a
usar banda larga na casa dos
megabits cresceu 2368% nos últimos
dois anos.
As faixas mais altas, no entanto
– acima de 8 Mpbs – ficaram
estagnadas e respondem apenas por
0,2% do total de assinantes. Apesar
do surgimento de ofertas de até 30
Mbps, como é o caso do link de fibra
óptica da Telefônica em São Paulo, o
alto custo da assinatura e as
restrições espaciais ainda pesam
para quem deseja navegar em
altíssima velocidade.
Por outro lado, o acesso a
velocidades mais baixas, menores que
256 Kbps, ganhou fôlego em 2007.
Embora aqueles que já possuem planos
de banda larga optem por fazer um
upgrade para a casa dos magabits, o
crescimento na venda dos PCs em
2007, trouxe um número potencial de
assinantes das classes B e C para o
mercado.
O Barômetro da Cisco já está em
sua oitava edição. A previsão
inicial de que o Brasil chegaria a
10 milhões de usuários até 2010 deve
ser ultrapassada bem antes do prazo.
Um dos motivos é o surgimento da
banda larga na telefonia celular,
que já soma 602 mil usuários. “O
acesso por 3G deve aumentar o número
de usuários de banda larga e a nossa
nova meta é atingir 15 milhões de
assinantes em 2010”, afirma Pedro
Ripper, presidente da Cisco no
Brasil.
Operação Persona
O presidente da Cisco não quis
falar sobre o andamento das
investigações em relação ao esquema
de importações ilegais que envolveu
a Cisco no ano passado. Segundo
Ripper, todas as linhas de
investigação estão sob segredo de
Justiça.
No entanto, quando perguntado
sobre o impacto do escândalo nas
contas da subsidiária brasileira,
Ripper afirmou que 2007 foi um ano
muito bom. “Superamos nossa meta de
crescimento no Brasil para o ano
fiscal e nossas vendas cresceram
mais que o dobro do que a Cisco
cresceu no mundo”, diz o executivo.