Felipe Zmoginski, do Plantão INFO
SÃO PAULO - Engenheiro que descobriu
malware no Twitter de Kelly Key diz
que usuários confiam demais nas
redes sociais.
O engenheiro russo Dmitry
Bestuzhev, responsável por
identificar um código malicioso em
falso perfil da cantora Kelly Key,
avalia que os usuários de redes
sociais têm comportamento mais
relaxado ao navegar por serviços
como Twitter e orkut e, assim, mais
chances de se infectar.
“O Twitter é um ambiente tão seguro
quanto qualquer outro na web. A
diferença está no comportamento das
pessoas. Houve uma época, em que
espalhar códigos maliciosos era
feito principalmente por e-mail, mas
os usuários comuns já aprenderam que
não podem confiar em links enviados
por e-mails desconhecidos. Agora,
precisam fazer o mesmo com as redes
sociais”, diz Dmitry.
O que muda o comportamento dos
usuários de redes sociais, diz
Dmitry, é que as pessoas se sentem
mais seguras ao ver conteúdos
supostamente criados por seus amigos
e contatos pessoais. “Os usuários
que não têm conhecimento de TI vão
aprender, aos poucos, a lidar com
estas redes”, diz Dmitry.
Cracker brasileiro criou 10
perfis falsos
Segundo Dmitry, a descoberta do
código que envenenou o Twitter
começou com uma pesquisa sobre um
vírus que não tinha nada a ver com o
microblog. “Primeiro, achamos um
código suspeito em nossas checagens.
Depois, descobrimos que ele estava
sendo espalhado pelo Twitter”, diz.
O cracker que desenvolveu o
código é provavelmente um
brasileiro, já que os posts
infectados partem de conexões
brasileiras e o idioma usado nas
falsas mensagens é o português do
Brasil.
Além do perfil de Kelly Key,
outros 10 perfis falsos criados pelo
mesmo cracker foram identificados
pela Kaspersky. Os problemas foram
reportados a administração do
Twitter.