Tomógrafo substitui o exame de cateterismo

Os médicos poderão diagnosticar com precisão os sintomas de pacientes com doenças coronarianas sem precisar submetê-los ao exame de cateterismo. Um tomógrafo – desenvolvido em Israel e sendo testado simultâneamente em cinco cidades no mundo, entre elas Brasília, além de Cleveland e Indianápolis (EUA), Ulm (Alemanha) e Bruxelas (Bélgica) – é capaz de fotografar 38 imagens do coração por segundo, 4,75 vezes a mais do que os aparelhos em uso no Brasil, que registram no máximo oito imagens no mesmo espaço de tempo.

Pela a capacidade de captar imagens tão rapidamente, como por exemplo, do início ao fim da diástole, quando o coração se relaxa para receber o sangue, o novo aparelho é capaz de detectar placas de arteriosclerose nas artérias coronarianas, calcificação nestas artérias e para diagnosticar doenças no coração. A arteriosclerose é responsável por grande parte das doenças cardíacas e derrames cerebrais no Terceiro Mundo.

Mas o tomógrafo não substitui integralmente o cateterismo. Segundo o cardiologista Vladimir Magalhães de Freitas, o exame exclui muitos casos de falso positivo. Há casos em que o cateterismo é inevitável.

Segundo o cardiologista, o tomógrafo também será útil para pacientes de hemodiálise. Estes pacientes têm a característica de depositar cálcio nas artérias, o que contribui para a alta incidência de doenças coronarianas entre eles.

A captação de imagens dura cerca de 25 segundos. Ao todo o exame não ocupa mais do que dez minutos do tempo do paciente e tem a vantagem sob o cateterismo de não precisar das seis horas de recuperação nem de ter uma catéter passeando pelas artérias.

Jornal de Brasília
 

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