Perda de dentes eleva o
risco de derrame
Um estudo realizado na Universidade de Harvard, nos
EUA, concluiu que problemas nas gengivas e a perda de dentes podem
aumentar o risco de derrame. De acordo com o médico Kaumudi J.
Joshipura – que publicou sua experiência no Stroke: Journal of the
American Heart Association –, a doença periodontal, que inclui
gengivite e periodontite, envolve uma infecção bacteriana crônica que
pode provocar a perda de dentes.
Cientistas levantam a hipótese de que, com o tempo, essas bactérias
que atacam a boca possam chegar à corrente sanguínea e provocar
inflamação nos vasos que alimentam o coração e o cérebro.
Alguns estudos sugerem que um histórico de doença na gengiva aumenta o
risco para enfarte ou derrame. A hipótese, no entanto, não é
confirmada por todas as pesquisas.
A equipe avaliou a saúde cardíaca e oral de 41.380 homens de 40 a 75
anos que não apresentavam sinais de doença do coração ou diabete no
início do estudo. Após 12 anos, 349 homens tiveram um derrame isquêmico,
tipo mais comum de derrame, que ocorre quando um coágulo ou uma artéria
obstruída interrompe o fluxo sanguíneo para o cérebro.
Os homens que tinham até 24 dentes no início do estudo apresentaram um
aumento de 57% no risco para derrame isquêmico, comparados ao grupo com
mais de 25 dentes, disse Joshipura. Na maioria dos casos, a perda de
dentes foi consequência de doença na gengiva ou cárie, informou a
pesquisadora. Normalmente, o número total de dentes em um adulto é 32.
Jornal de Brasília
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