Polícia da Malásia
confisca site de notícias
Na segunda-feira (20/01), a polícia da Malásia
confiscou 15 PCs e quatro servidores, avaliados em US$ 39,5 mil , do
escritório do provedor de notícias online Malaysiakini.com, mesmo
diante dos protestos dos editores.
O site Malaysiakini, criado em 1999, é considerado por muitos malásios
como o único diário online independente do país. Ao contrário das
publicações impressas e em mídia eletrônica, o site tem liberdade de
licenciamento para publicar notícias na Malásia pois o governo local
comprometeu-se a não controlar ou censurar o conteúdo de Internet. O
comprometimento alinha-se à estratégia do governo da Malásia para
criar o Super Corredor de Multimídia (MSC) — uma resposta da Malásia
ao Vale do Silício.
No entanto, a polícia da Malásia realizou a apreensão no site
baseando-se em uma reportagem publicada na sexta-feira (17/01) pela fação
Jovem do partido United Malays National Organization (UMNO) —
componente dominante do partido no país governado pela coalizão
conhecida como National Front. A polícia alegou que as máquinas foram
apreendidas para fins de “avaliação”.
As autoridades declaram investigar a reportagem da UMNO Youth, que alega
que uma carta escrita por um leitor do Malaysiakini.com e publicada no
site, no dia 09/01, continha “alegações falsas”, questionando o
privilégios especiais e os direitos garantidos à raça malásia pela
Constituição daquele país.
Em uma coletiva de imprensa, o chefe de informações da UMNO Youth,
Azimi Daim, declarou que a carta comparava a o braço UMNO Youth com o
grupo de luta pela supremacia branca norte-americana, a Ku Klux Klan.
A equipe da polícia levou quatro horas para fazer a apreensão, além
de gravar arquivos da equipe e listar os itens que seriam confiscados.
A ação paralisou os trabalhos da equipe editorial do Malaysiakini. No
entanto, medidas emergenciais foram tomadas para que a operação seja
retomada até esta quarta-feira (22/01), informaram os executivos do
site.
IDG Now
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