Estudo revela os perigos
ao andar de bicicleta
Profissionais da Sociedade Brasileira de Medicina e
Cirurgia do Pé realizaram uma pesquisa com 37 pacientes durante o período
de um ano no Hospital Universitário de Taubaté. O estudo teve como
alvo pessoas que deram entrada no Hospital por conta de acidentes
relacionados a bicicletas.
Apesar dos avanços na fabricação das bicicletas, o desenho da roda
permaneceu inalterado, pelo menos nas últimas décadas; tornando-se
apenas mais velozes e com melhor aerodinâmica.
No Brasil, há poucos dados estatísticos sobre acidentes ciclísticos
e, menos ainda, quando os assuntos são lesões do pé e do tornozelo
ocasionadas pelo aprisionamento do pé entre os raios das rodas. O que
chamou a atenção foi a baixa média de idade destes pacientes, ao
redor de seis anos, bem como por se tratarem de crianças que na sua
maioria eram conduzidas no banco de trás ou no garfo da bicicleta.
Os pacientes foram classificados em quatro grupos, de acordo com a
gravidade: lesões superficiais da pele (39%); entorses e contusões com
laceração profunda da pele (21%); fraturas do pé ou tornozelo (38%) e
amputações de dedos do pé (2%). "Acreditamos que uma simples
medida, vinda de fábrica, como a colocação de uma rede ou tela que
impedisse o pé de entrar entre os raios da roda, já se evitaria, em
muito, estes acidentes", atesta o médico Luiz Carlos Ribeiro Lara,
diretor da Sociedade Brasileira de Medicina e Cirurgia do Pé.
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