Zinco no
esmalte do dente, menor propensão a cáries
Os
primeiros resultados de pesquisa em odonto-pediatria
realizada pela mestranda Renata Siquieroli, do Departamento
de Odontologia da UnB, indicam que a presença de um maior número
de íons de zinco na composição do esmalte dentário pode
estar relacionado a uma propensão à ausência de cáries
dentárias.
A intenção do estudo – que tem orientação da dra. Ana
Cristina Bezerra, do Departamento de Odontologia, e do
professor José Carlos Gaspar, do Departamento de Geologia
– é conhecer profundamente como se apresenta a composição
química do esmalte dentário em crianças com dentes sadios
e em outras crianças que apresentam diversos níveis de cáries.
O estudo é inédito tanto no Brasil quanto no exterior e
pode levar à descoberta de tratamentos para prevenir e
detectar a cárie. "Da mesma maneira que atualmente
utilizamos a aplicação do flúor para aumentar a proteção
dentária, poderemos, quem sabe num futuro próximo, associar
também o zinco", explica Renata Siquieroli.
A pesquisa utiliza dentes de leite do Banco de Dentes do
Hospital Universitário de Brasília (HUB). Os dentes são
cortados e separados em duas categorias: Saudáveis e
Cariados. As lâminas são colocadas em uma microssonda eletrônica
que identifica a existência de determinados íons,
juntamente, com a hidroxiapatita que forma o esmalte.
Jornal de Brasília
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