Líder sindical critica
reajuste da telefonia móvel
O presidente da Federação Interestadual dos
Trabalhadores em Empresas de Telecomunicações, José Zunga, informou
que é contra o reajuste concedido pela Anatel às operadoras celulares.
Segundo ele, o reajuste não tem justificativas técnicas.
“É inaceitável que os serviços de telecomunicações sejam
indexados ao dólar ou a índices generosos de inflação, enquanto que
todos os outros preços da economia, inclusive salários e rendimentos
dos trabalhadores não têm qualquer proteção.”
O líder sindical também ressalta que o reajuste não pode ser
respaldado pelo governo. “Sendo assim, é preciso que o governo
participe mais ativamente das decisões que emanam da Agência
reguladora e promova as mudanças que os usuários dos serviços de
telecomunicações esperam e exigem.”
Ao final do comunicado, Zunga acusa o órgão regulador de dar proteção
aos empresários do setor de telecomunicações. “Já ficou provado
que a Anatel não inspira confiança e que se faz necessária uma atuação
política firme para coloca-la no seu devido lugar.”
O sindicalista foi informado de que o índice concedido serve como um
teto e que, por força da competição, as operadoras não o praticam em
sua totalidade, além disso, Zunga também recebeu a informação de que
este reajuste afeta os planos básicos das operadoras, que hoje são
consumidos por 5% dos usuários.
No entanto, ele ressalta que o usuário não pode ficar dependendo da
competição para ser “protegido” de reajustes abusivos. José Zunga
também recebeu a informação de que o reajuste, previsto nos
contratos, é baseado na variação do IGP-DI.
Ele afirma, entretanto, que o contrato não obedece o bom senso e
destaca que este é o momento para se rever esta posição, uma vez que
a minuta de prorrogação dos contratos de concessão da telefonia fixa
está em discussão. “Este novo governo deve se envolver neste debate,
especialmente no que se refere à composição de tarifas, tanto na
telefonia celular, como na fixa”, conclui.
IDG Now!
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