Presídios de SP terão
portal na Web
A partir de outubro, os presídios
do Estado de São Paulo estarão conectados em um sistema de gerenciamento de
informações - Enterprise Resource Planning (ERP) - e de análise de dados -
Business Inteligence (BI)- , que será integrado à Web por um portal
desenvolvido especialmente para o setor.
O projeto, que teve início em janeiro, foi feito pelo Fórum Permanente das
Relações Universidade-Empresa (Uniemp) em parceria com a Fundação Professor
Manoel Pedro Pimentel (Funap).
A idéia é fazer com que todas as entidades envolvidas com o sistema penitenciário
e com os presos tenham acesso aos dados e também ofereçam seus estudos à
população. Com este sistema, os advogados que acompanham os casos poderão
mostrar o andamento dos processos, enquanto os agentes penitenciários poderão
inserir todos os programas realizados nos presídios.
De acordo com dados da Secretaria da Administração Penitenciária do Estado de
São Paulo (SAP), 30% dos presos em regime fechado já cumpriram prazo para
conseguir liberdade. Segundo a diretora da Funap, Berenice Maria Gianella, com o
melhor gerenciamento dos dados, estes casos terão um acompanhamento mais
constante e serão resolvidos de forma mais eficiente, reduzindo a superlotação
dos presídios.
O processo administrativo dos presídios, que envolve recursos humanos, compra
de alimentos, contratação de terceiros e distribuição do orçamento também
será gerenciado pelo sistema. O Uniemp vai oferecer treinamento e capacitação
para todas as pessoas que utilizarem o sistema. A base de dados será
alimentada, inicialmente, com os resultados da pesquisa “Censo Penitenciário
2002”, realizada pela Funap e Uniemp em 2002. O estudo foi feito com 108 presídios
e 82 mil presos no Estado de São Paulo.
A pesquisa detalhou a forma como os presos se envolveram com o crime, o
relacionamento que têm com a família, escolaridade, religião, problemas
existentes dentro e fora da prisão, entre outras situações. A partir daí,
serão inseridas informações como a inclusão de novos presos, alteração das
características de cada um (cursos, estado civil e saúde) e os registros de
acompanhamento dos monitores.
Os dados colocados no sistema geram relatórios que podem mostrar os programas
educativos de maior sucesso em determinados grupos de presos. As características
atualizadas dos presos também podem gerar documentos com o número de detentos
disponíveis para trabalho e suas qualificações.
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