Google: filtro infantil exagera,diz Harvard

Os filtros para a proteção das crianças na web do sistema de busca mais popular do mundo, o Google, são muito mais abrangentes - para o lado mau - do que os pais podem imaginar. É o que diz um estudo liberado pela Harvard.

O levantamento, feito pelo Centro Berkman de Direito para Internet e a Sociedade da universidade e divulgado no final da semana passada, mostra que o sistema SafeSearch, do Google, acaba excluíndo dos resultados da busca páginas inofensivas, que não trazem conteúdo sexual. Muitas destas páginas barradas pertencem ou foram criadas por departamentos do governo americano ou por empresas idôneas.

Até mesmo notícias e sites de fabricantes de brinquedos podem ficar de fora, diz a Harvard. Quer exemplos? Veja o que foi barrado pelo Google no teste comandado pela universidade: www.congress.gov; shuttle.nasa.gov; os sites do departamento de justiça de Hong Kong e do escritório do primeiro ministro de Israel; matérias do New York Times que falavam sobre blogs, sobre deflação ou sobre as estratégias militares dos Estados Unidos; a página da turma de química da faculdade de Middlebury e da fabricante da Barbie, a Mattel; e mais alguns sites religiosos.

O problema, diz o estudo, é que a ferramenta de filtragem do Google usa um algoritmo proprietário que analisa as páginas automaticamente, sem interferência humana em nenhum momento - depois, é claro, que os pais definem em uma página de preferências o que deve ser barrado. O sistema barateia o custo da ferramenta, mas a Harvard acredita que o Google teria resultados melhores de usasse algumas "pessoas inteligentes" no processo.


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