Viagens supersônicas só voltarão em 20 anos

O anúncio do encerramento dos vôos do único jato supersônico de passageiros do mundo, o franco-britânico Concorde, provavelmente significa o fim das viagens em alta velocidade desse tipo por pelo menos 20 anos. O fim do Concorde ocorreu nesta quinta-feira, 10 de abril, quando a British Airways e a Air France anunciaram que suas frotas do jato seriam tiradas de serviço até o final de novembro deste ano.

Um sucessor do Concorde só ficará pronto em cerca de duas décadas, segundo uma matéria publicada na revista britânica "New Scientist". As pesquisas sobre o assunto nos Estados Unidos, na Rússia, na França e no Japão foram engavetadas no fim dos anos 1990 e não se espera que elas voltem a ser realizadas antes de 2010. O desenvolvimento de uma aeronave supersônica comercial levaria mais uns oito ou dez anos.

O novo supersônico será bem diferente no funcionamento e no visual, graças ao desenvolvimento tecnológico que ocorreu nos últimos 30 anos (o primeiro vôo do Concorde ocorreu em 1976). E enquanto a velocidade máxima do Concorde era 2,2 vezes a velocidade do som (2.160 km/h a uma altitude de 18.300 metros), o novo avião poderá voar até sete vezes essa marca.

A British Airways e a Air France informaram que encerraram os vôos do Concorde graças à demanda reduzida por viagens supersônicas e ao aumento dos gastos de manutenção. A procura por vôos no jato foi afetada bruscamente pelo acidente ocorrido em julho de 2000 com um avião da Air France, onde todas as 113 pessoas a bordo morreram.

galileu

 

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