Remédios
combatem as aftas repetitivas
Um novo
tratamento promete acabar com o desconforto das pessoas que sofrem de
estomatite aftosa crônica, conhecida também como afta repetitiva. A
doença, caracterizada por úlceras dolorosas nas paredes da boca, na língua
e na gengiva, difere da afta simples por manifestar-se com mais freqüência.
Em trabalho recém-publicado na revista médica Clinical and
Experimental Rheumatology, editada na Itália, o médico e pesquisador
em reumatologia e imunologia Morton Scheinberg relata os bons resultados
obtidos em pacientes brasileiros que foram tratados com as substâncias
ativas etamercept e o infliximab, habitualmente empregadas em casos de
artrite.
A afta repetitiva é desencadeada quando o sistema imunológico do
paciente produz TNF (fator de necrose tumoral) em excesso. Essa substância
age na defesa do organismo e no controle das articulações, explica
Scheinberg. Há um ano, ele vem tratando portadores desse distúrbio com
medicamentos anti-TNF formulados com etamercept ou infliximab. Nos
Estados Unidos e na Europa, esse tratamento vem sendo empregado desde
2000, mas, no Brasil, ainda é novidade.
Disponível em comprimidos, o remédio à base de etamercept é
importado. Já o medicamento feito com infliximab necessita ser
injetado. Ambos exigem prescrição médica. Segundo Scheinberg, a
aplicação do infliximab é mais comum e deve ser feita em clínicas e
hospitais uma vez por mês ou a cada dois meses, dependendo da incidência
da afta.
Jornal de Brasília
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