Transplante
tende a reduzir necessidade de insulina
Uma
equipe formada por pesquisadores e médicos realizou o primeiro
transplante de ilhotas pancreáticas do Brasil em uma mulher de 45 anos,
diabética há 25, que corria risco de morte.
A paciente usa hoje um terço da insulina que usava e deve se submeter
mais três vezes ao procedimento. Não corre mais riscos.
O transplante já era feito em dez centros de pesquisa no mundo. O
projeto brasileiro, idealizado há cerca de oito anos pelo médico
Freddy Goldberg Eliaschewitz, 51, só foi possível com a parceria do
Laboratório de Biologia Celular e Molecular do Instituto de Química da
USP.
Foi preciso isolar as ilhotas – estruturas em que é produzida a
insulina – do pâncreas de um doador cadáver. Somente diabéticos do
tipo 1 que correm risco de morte podem fazer o transplante.
Questionado sobre por que esse procedimento é melhor do que o
transplante integral do pâncreas, o dr. Freddy Goldberg destacou que o
pâncreas é um órgão de função mista. Produz suco digestivo e hormônios,
entre eles a insulina. As células que produzem hormônios estão
espalhadas como ilhas. O pâncreas tem cerca de 1,2 milhão dessas
ilhotas.
Jornal de Brasília
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