Inventores
decretam a morte do mouse
Os equatorianos Armando Romero e Diego Endara
"diagnosticaram" hoje o desaparecimento próximo
dos mouse, graças a um dispositivo sem fio também
criado por eles que será lançado no mercado nos próximos
dias. Romero e Endara são os criadores do Shotone, que
será comercializado pela empresa coreano-americana
Alliance.
A invenção, parecida com um anel de bijuteria,
possui em seu interior um componente baseado na
tecnologia CMOS, que emite sinais de alta freqüência
à memória do computador em substituição às funções
do mouse.
Romero disse à EFE que a Alliance lançará o
Shotone no mercado em breve. No entanto, ele esclareceu
que seu lançamento será por etapas, a começar por
Estados Unidos, Canadá e Reino Unido, países nos quais
o produto já foi patenteado e as autorizações para
sua fabricação já foram liberadas.
Os inventores informaram que o dispositivo levou
quase cinco anos para ficar pronto, uma vez que seu
desenvolvimento requereu uma seleção de cientistas de
vários países, que colaboraram com a invenção.
Segundo Romero, o Shotone deverá custar cerca de US$
10, valor que incluirá o "anel", um disco com
o programa de instalação e uma antena que pode ser
colocada no computador, exatamente onde é inserido o
longo cabo do mouse atual. "No futuro, a antena virá
na placa-mãe do computador, a fim de que o usuário só
tenha que adquirir o anel", acrescentou Romero.
O inventor disse que os atuais mouses prejudicam a
interação entre o computador e o usuário, que tem que
buscá-los freqüentemente e, assim, desviam sua atenção
da tela.
A médio prazo, o Shotone pode tornar-se um comando
universal, capaz de controlar, além disso, o televisor,
o alarme dos automóveis, portas mecânicas e outros
objetos.
"Esta etapa ainda se encontra em estado embrionário,
agora estamos focando suas aplicações informáticas e
posteriormente apresentaremos, uma a uma, as novas inovações
possíveis", destacou o cientista equatoriano.
O dispositivo tem um centímetro de comprimento por
0,75cm de rádio, sendo "muito pequeno, leve e
funcional", disse a mexicana Susana Núñez, membro
da equipe, que ressaltou que suas características
poderiam ser ainda menores. O mouse dos computadores está
com seus dias contados. "Não sabemos quantos, mas
eles já estão prevenidos. O mouse tem que
morrer", sentenciou Romero.
Os cientistas já pensam em outros projetos e, para
Endara, não está muito longe a criação de um teclado
virtual, sem teclas físicas, onde o usuário poderia
perfeitamente escrever no ar, com conhecimentos básicos
de datilografia.
Agência EFE
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