Governo
cria Rede Brasil de Tecnologia
A criação da Rede Brasil de Tecnologia - RBT, coordenada pelo Ministério
de Ciência e Tecnologia, representa um novo caminho no desenvolvimento
sustentável do País. O Decreto 4 776, assinado pelo presidente em exercício,
José Alencar, estabelece que o objetivo da rede é "propiciar a
interação entre a administração pública, a universidade brasileira,
as empresas e os agentes financeiros, para o desenvolvimento tecnológico
dos setores produtivos locais".
A Rede representa um avanço
no processo de desenvolvimento do país, avalia o ministro da Ciência e
Tecnologia, Roberto Amaral. Indica, também, que nunca abandonamos a
perspectiva de um trabalho conseqüente junto aos setores produtivos,
incentivando-os a investirem mais em tecnologia, não só para agregar
valor as produtos, mas para criar empregos e melhorar o nível de
competitividade, tanto no mercado interno como nas exportações.
O MCT apresentou o
projeto e o portal
durante a reunião da SBPC, em Recife. As diretrizes gerais da Rede
Brasil, definidas no decreto, são: estimular o desenvolvimento de redes
de tecnologia; aproximar as empresas dos centros de pesquisa locais e das
agências de fomento visando ao desenvolvimento tecnológico; articular a
formação de grupos de trabalho entre empresas e centros de pesquisa;
desenvolver projetos tecnológicos articular que promovam a substituição
competitiva das importações de bens e serviços em setores estratégicos.
A RBT será coordenada
por um Comitê Gestor de Articulação Institucional, com a competência
de aprovar as ações e projetos estratégicos da Rede. O CoGAI é
presidido pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e é integrado pelo
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Ministério
das Relações Exteriores, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e
Pequenas Empresas - SEBRAE; Confederação Nacional da Indústria e
Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial - IEDI.
Para o coordenador do
projeto de criação da Rede, e seu futuro Secretário Executivo,
engenheiro Marcelo Lopes, "a REDE abre perspectivas para o
desenvolvimento da tecnologia nacional, o que representa melhoria da
competitividade, minização da dependência tecnológica externa e
diminuição de remessas para o exterior. Além disso, vamos criar aqui os
empregos que financiávamos lá fora".
A Rede vai identificar
produtos que possam ser fabricados no Brasil, mas que estão sendo
importados. Para tanto, vai promover parcerias nos estados para a criação
de redes regionais capazes de promover a substituição seletva de importações.
Um mecanismo fundamental do processo passa pelo contato com empresas líderes,
como a Petrobrás, que desenvolve projeto pioneiro de substituição de
importações.
Para concretizar esse
processo, a Rede vai localizar produtos que possam ser produzidos no
Brasil, no primeiro ano nos setores de energia elétrica e renovável,
petróleo, gás e mineração. Em seguida, elaborará um mapa da oferta
tecnológica para a produção desses produtos, em universidades,
institutos de pesquisas e institutos tecnológicos. Por último,
identificará as empresas com capacidade de produzir com a nova tecnologia
de substituição seletiva de importações.
B2B
Magazine