Canadenses
falsificam dinheiro com impressoras
Os falsários estão usando as mais novas impressoras digitais para
falsificar dinheiro canadense, imprimindo notas de valor baixo que
deveriam ser à prova de cópia, de acordo com a polícia e especialistas.
Números do banco central
do Canadá mostram que o número de notas falsas de 5 e 10 dólares
canadenses apreendidas pelos bancos e pela polícia quase triplicou em
2002 - ano seguinte ao lançamento no Canadá de novas notas com recursos
de alta tecnologia, como palavras em tipos minúsculos e folhas de bordo
em dourado que mudam de cor conforme o ângulo de visão.
"São alguns garotos
com um computador programado para imprimir notas de 5 e 10 dólares",
disse Tom Naylor, economista especializado em criminalidade da
Universidade McGill.
O número de notas falsas
detectadas no ano passado - 208.457 - é muito pequeno quando comparado
com os 1,08 bilhão de notas legítimas em circulação. Mas a forma como
as notas são produzidas chama a atenção.
"Mais criminosos
oportunistas aproveitaram a tecnologia disponível e as pessoas que estão
recebendo o dinheiro não estão verificando", disse o porta-voz da
Polícia Montada Real Canadense (polícia federal), Paul Marsh.
Patricia Segre, do Bank
of Canada (banco central), disse que muitos varejistas não sabem
distinguir a nota verdadeira da falsa, acrescentando que o banco oferece
seminários para mostrar às pessoas os detalhes de segurança da moeda.
"A nova série foi
impressa em 2001 e as taxas de falsificação tendem a aumentar quando uma
nova série é lançada", disse ela. "A tecnologia de impressão
está mais acessível e é mais precisa. Reparamos que vem sendo mais
usada que no passado."
Um estudo do Departamento
de Justiça do Canadá mostrou que a disseminação de scanners,
impressoras e copiadoras transformou a falsificação em um negócio de
fundo de quintal, quando antes era um empreendimento significativo
controlado pelo crime organizado.
"Na maioria das
vezes, a falsificação é obra de amadores que imprimem pequenas somas
usando tecnologia de fácil acesso e distribuem as notas diretamente no
varejo", conforme o estudo.
Reuters