Risco maior na hora do sexo
As adolescentes que têm parceiros mais velhos são mais
propensas a apresentar comportamentos que as colocam sob risco elevado de
contrair doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), demonstrou um novo
estudo.
Elin Begley, da Universidade Emory, em Atlanta (EUA), comparou dois grupos
de garotas: adolescentes que namoravam rapazes pelo menos dois anos mais
velhos que elas e meninas com namorados de idade próxima à delas.
Descobriu que o primeiro grupo foi 50% menos propenso a relatar o uso freqüente
de preservativos durante as relações sexuais mantidas no mês anterior à
pesquisa. Entre as meninas com namorados mais velhos, também foi duas vezes
mais comum o relato de que os parceiros haviam tido outras parceiras durante
o relacionamento, nos seis meses anteriores à entrevista.
Os testes para detectar a presença de DSTs revelaram que as adolescentes
com namorados mais velhos tinham uma probabilidade quatro vezes maior de
estarem infectadas com a clamídia, bactéria que causa infecções
genitais.
Essa tendência persistiu independentemente do grau de escolaridade da
mulher e do seu conhecimento sobre prevenção do HIV e de outras doenças
sexualmente transmissíveis.
Todas as voluntárias estavam grávidas, disse Begley. Caso não seja
tratada, a clamídia pode levar à esterilidade feminina, além de colocar a
saúde do feto em risco – ode causar cegueira e conjuntivite no bebê se não
for combatida antes do nascimento. Isso provavelmente teria ocorrido, se as
adolescentes não tivessem passado por exames para detectar DSTs, explicou a
pesquisadora.
Jornal de Brasília
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