FGV
aponta crescimento no mercado brasileiro de TI
Os
pessimistas de plantão vão questionar, mas pelo 14º ano consecutivo
os números da pesquisa Administração de Recursos de Informática,
coordenada pelo vice-diretor administrativo da Escola de Administração
de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV-Eaesp),
Fernando Meirelles, indicam que as empresas brasileiras compraram mais
tecnologia que no ano anterior. “E a expectativa é que para 2003 isso
se repita”, declara o professor. De acordo com seu levantamento, o
mercado nacional vendeu 10% mais micros em 2002 que em 2001, o que
significa a injeção de aproximadamente 4,4 milhões de micros em uso
nas companhias.
Apesar da imensa maioria dos indicadores apontarem uma queda no tamanho
do mercado de informática, Meirelles tem certeza que é a sua pesquisa
que mostra um panorama mais fiel do mercado brasileiro. “Nossa
pesquisa pergunta para os compradores quanto cada um comprou no último
ano, não para os vendedores quanto cada um vendeu”, explica. “Em
resumo, a gente não exclui o chamado mercado cinza ou negro.” Para a
14º edição do estudo, 1,4 mil empresas de médio e grande porte foram
ouvidas.
Um dos números mais interessantes do estudo é o que indica o custo
anual por teclado (CAPT), conceito que mede o quanto uma empresa gasta
para manter um microcomputador funcional em sua estrutura. Em 2002, esse
custo foi de aproximadamente US$ 10 mil, valor bastante próximo da média
dos países mais avançados no uso de TI, que é de US$ 8 mil. Em dólar,
o CAPT registrou uma queda de 20% em relação a 2001, mas em Real essa
variação foi de 10% para cima. “Em linhas gerais, isso indica que o
custo vem caindo no Brasil. Mas não a essa taxa de 20%, que é
circunstancial”, analisa Meirelles.
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