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rápida chegará a comunidades carentes do RJ
Em 11 anos, a velocidade da informação ficou 2,3 mil vezes maior - mas não
para todos os internautas. A rede virtual de conexões mais rápidas e com
maior capacidade de navegação, antes usada por entidades acadêmicas e
governamentais, chegará agora a comunidades carentes.
O Complexo da Maré, que hoje dispõe de
uma rede de 55 kbits por segundo, passará a usar a infra-estrutura tecnológica
da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), de 155 Kbits/seg, daqui
a dois meses. Outra ligação, com antenas, roteadores, cabos, um software
americano e nada de fios, poderá ser feita entre o Morro da Mangueira e a
Universidade do Estado do Rio de Janeiro ou entre a Rocinha e a PUC.
O projeto Infovia-RJ - que possibilita a
inclusão digital, por fazer com que várias freqüências passem pela
mesma fibra ótica, aumentando em dez vezes a velocidade da informação -
chamou a atenção do diretor do Institute for Connectivity in the
Americas (ICA), Randy Zadra. Ele anunciou, essa semana, um financiamento
de cerca de US$ 30 mil à Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e
Integração para a viabilização da instalação da rede integrada em
duas comunidades.
A verba não será o único benefício
trazido para o Estado. Na carta do ICA - ONG canadense com apoio do
governo do Canadá e do Banco Mundial (Bird) -, Zadra se refere ao projeto
como filosofia pioneira e convida o Brasil a participar da Cúpula da
Sociedade da Informação, da Organização das Nações Unidas a ser
realizada em dezembro, em Genebra, na Suíça.
O custo total do projeto de convergência
com a nova tecnologia entre a Rede Rio - que responde pelo meio acadêmico
e é financiada pela Faperj -, a Rede Governo, financiada pelo Proderj, e
a sociedade civil é de R$ 53 milhões. "Ou assumimos que as
tecnologias servem para suprir desigualdades ou vamos assistir ao
crescimento delas, como aconteceu nos últimos 20 anos - ressaltou
Peregrino.
JB Online
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