|
Os homens brasileiros são os
mais ciumentos do mundo
Uma nota publicada na revista IstoÉ (de 16/7/2003) relata que "os
campeões mundiais do ciúme são os homens brasileiros".
O cientista britânico Gary Brase através de pesquisas chegou a conclusão de
que "os homens brasileiros são os mais possessivos do mundo".
Concluiu também que a maior incidência do ciúme ocorre exatamente nos países
que apresentam maior taxa de fertilidade.
O ciúme portanto, não depende de fatores culturais, mas está relacionado à
evolução da espécie.
O fato de o Brasil aparecer em primeiro lugar na pesquisa, tem uma explicação:
o homem se sente ameaçado por não ter certeza de ser ou não o pai das crianças.
No Japão, como a taxa de fertilidade é baixa, o ciúme não é considerado
fator importante no relacionamento dos casais.
Este sentimento pode ser considerado como "uma emoção que dilacera o
coração" e muito perigoso para quem é o seu alvo. Numa proporção
controlada, o ciúme pode ser um tempero de estímulo para melhorar o
relacionamento do casal.
Mas sentir ciúmes é bom ou não? Um pouco de dúvida sobre o outro é
importante para que uma relação se mantenha. O parceiro alvo dessa sensação,
sente-se valorizado com o sentimento do outro.
É uma forma de proteger e cuidar; ter a posse de algo valioso.
Este sentimento é normal, dizem os psiquiatras. Funciona como um mecanismo de
defesa para que a pessoa se proteja de uma angústia maior.
Ainda, através de uma pesquisa realizada em 2000 na Universidade da Califórnia,
Berkeley, "o ciúme causa: estresse emocional e físico, tensão no
relacionamento, emoções descontroladas, constrangimento público, violência
física, perda do parceiro e sentimento de culpa. Seu aspecto positivo leva a
um exame de relacionamento, ensina a dar valor ao parceiro, é visto como um
sinal de amor, faz com que o parceiro sinta-se mais desejado, renova um
relacionamento mais desgastado, faz com que o parceiro sinta-se vivo e pode
tornar o relacionamento mais duradouro".
Concluindo: as pessoas gostam de ser objetos do ciúme, mas de uma maneira
saudável.
O pensador Roland Barthes resume assim a situação do ciumento: "como
ciumento, sofro quatro vezes: porque sou ciumento, porque me reprovo em sê-lo,
porque temo que meu ciúme magoe o outro e porque me deixo dominar por uma
banalidade. Sofro por ser excluído, por ser agressivo, por ser louco e por
ser comum."
|
|