Crackers organizam
ataques a listas anti-spam
Alexandre Mandl
A última moda dos crackers é atacar iniciativas que lutam contra o
spam. Servidores que guardam a lista de remetentes spammers estão sendo
alvos, desde a última quarta-feira, de ataques de negação de serviço.
A confirmação é que um blocklist esteve inoperante desde a madrugada
da sexta-feira passada.
Informações de boa parte dos blocklists é que os ataques chegam de
diversas fontes. Os crackers teriam espalhado trojans pela rede para
organizar a ofensiva. A onda de atividades de negação de serviço se
intensificou principalmente no começo da semana passada. Porém,
provedores de Internet e empresas anti-spam afirmam que o planejamento
da iniciativa já tem mais de um mês.
A principal lista de remetentes anti-spam que está inoperante é a
Osirusoft. A companhia informou a provedores de Internet que foi alvo de
mais de cem mil fontes de ataques de negação de serviço. Todos os
seus servidores, presentes em dez países, foram desativados por motivos
de segurança.
A recomendação é que até os responsáveis pelos ataques serem
identificados, os provedores de Internet e email se baseiem em listas de
remetentes anti-spam armazenadas em redes peer-to-peer (P2P). Muitos
aconselham a criação de um serviço semelhante ao Spamnet.com,gratuito.
Provedores de Internet brasileiros não foram afetados até agora
pelo problema. A maioria não utiliza as blocklists internacionais e sim
mecanismos próprios.
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