Bush anuncia programa para ciberguerra

O presidente dos EUA, George W. Bush, assinou uma diretriz secreta ordenando o governo a desenvolver, pela primeira vez, um programa de nível nacional para determinar quando e como os Estados Unidos lançarão ciberataques contra redes de computadores inimigas, segundo o jornal The Washington Post.
Similar a doutrina estratégica que direcionou o uso de armas nucleares desde a Segunda Guerra Mundial, o programa de uma guerra cibernética deverá estabelecer as regras sob as quais os americanos irão penetrar e derrubar sistemas de computadores estrangeiros.

De acordo com os oficiais do governo, os EUA nunca conduziram um ciberataque estratégico e de grande escala. O Pentágono, entretanto, tem apressado o desenvolvimento de armas cibernéticas, prevendo o dia em que os elétrons substituirão as bombas, executando assim um número menor, porém mais rápido, de ataques sangrentos nos alvos inimigos. Ao invés de aviões e tropas, os projetistas militares imaginam soldados em terminais de computadores invadindo silenciosamente redes estrangeiras para derrubar radares, desativar dispositivos elétricos e romper serviços telefônicos.

As ações de Bush destacam-se dos perspicazes interesses de sua administração em dar continuidade a uma nova forma de meios de defesa que, segundo especialistas, tem um grande potencial para modificar os significados da guerra. Mas ainda faltam regras presidenciais para decidir as circunstâncias sob as quais tais ataques devem ser lançados e para quem.

Todo o ciberarsenal dos EUA está mantido em sigilo pelo governo. Chega a estar mais protegido que seus recursos nucleares. Devido às preocupações com a discrição, muitos desses programas são abertos somente para grupos estritamente restritos.

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