Laboratório alerta contra
a venda de Cialis pela Internet
O novo remédio contra a impotência
Cialis, do
laboratório Eli Lilly, foi lançado na terça-feira, na Europa, e já
começou a ser vendido pela Internet, aumentando as preocupações sobre
a segurança do medicamento para os consumidores, disse um porta-voz da
indústria farmacêutica. A venda cibernética deixa de lado o
requerimento habitual europeu da consulta pessoal entre o médico e o
paciente.
As páginas na Internet inglesa já estavam anunciando entregas do
medicamento em 24 horas para quem esteja preparado para pagar até 69
libras esterlinas (US$ 113 dólares ou R$ 395) por quatro pílulas, mais
de três vezes o preço com que se pode conseguir o medicamento através
do Serviço Nacional de Saúde da Grã-Bretanha, com fundos do governo.
"Deve haver algum elemento perigoso quando um paciente consegue ter
acesso aos medicamentos que apenas podem ser adquiridos com receita e não
recebem a consulta médica apropriada", afirmou um porta-voz do Eli
Lilly.
Segundo o laboratório, o remédio ajuda os homens a conseguir a ereção
quando são estimulados sexualmente, e sua ação é mais duradoura que
o medicamento original, o Viagra, da Pfizer.
O porta-voz explicou que os homens que padecem de angina instável ou
que sofreram um ataque cardíaco ou, ainda, um acidente vascular
cerebral recentemente não devem tomar o Cialis.
Assim como outros medicamentos que apenas são vendidos com receita médica,
o Cialis deve ser receitados somente por médicos que atendem a seus
pacientes pessoalmente e recolhem toda sua informação para elaborar
seu histórico clínico, afirmou o laboratório.
Durante o lançamento do Cialis, o Eli Lilly ressaltou que o
fornecimento seria restrito aos distribuidores legítimos. E, o
porta-voz não explicou como as companhias que operam por Internet já
estavam anunciando o novo produto.
Jornal de Brasília
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