Redução da pirataria pode gerar 13 mil
empregos no País
A Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes) e a
Business Software Alliance (BSA) apresentaram nesta quarta-feira (03/04), os
resultados de um estudo realizado pelo International Data Corporation (IDC), que
mostra os impactos exercidos pela pirataria de software na economia de 57 países.
O estudo propõe uma redução de dez pontos porcentuais no índice de pirataria
durante quatro anos, o que representa um decréscimo de 2,5 pontos por ano. No
caso do Brasil, cujo índice de pirataria é de 56%, com a redução, chegaria a
46%. O estudo aponta que o declínio proposto pelo levantamento geraria, em
quatro anos, 13 mil novos empregos na indústria nacional de software,
aumentaria a arrecadação de impostos em US$ 335 milhões e a receita da indústria
local cresceria mais de US$ 2,4 bilhões.
De acordo com a BSA, quando o Brasil reduziu sua taxa de pirataria de software
em 12 pontos de 1996 a 2002, o País atingiu o terceiro crescimento mais rápido
da área de software na América Latina. O setor conduziu o crescimento no País,
que gerou 91 mil empregos na área e adicionou US$ 4,5 bilhões à economia
local desde 1995.
“A indústria de TI movimenta US$ 11,2 bilhões no Brasil. Se o País
reduzisse sua taxa de pirataria como proposto no estudo, o setor poderia crescer
para US$ 17 bilhões em apenas quatro anos. Além disso, a redução agregaria
US$ 3,2 bilhões à economia local.”, explica André de Almeida, consultor jurídico
da BSA no Brasil.
O consultor destaca que os índices de pirataria influenciam a participação do
setor de TI no Produto Interno Bruto (PIB) de cada país. “Nos países onde a
pirataria é mais controlada, como Finlândia ou a Suécia, o setor de TI
representa 4% do PIB. No Brasil, onde a taxa ainda é alta, ele corresponde
atualmente a apenas 0,5% do PIB”, ressalta.
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