É possível se ver livre
da dor de cabeça
Todo mundo já sentiu dor de cabeça, pelo menos uma
vez na vida. Mas existem pessoas - e não são poucas - que sofrem desta
dor durante anos, prejudicando seriamente sua qualidade de vida e
submetendo-se a uma perigosa e ineficaz auto-medicação.
"A idéia de que a dor de cabeça é um desconforto que 'faz parte
da vida', e que pode ser curada pelo simples uso de analgésicos, ainda
faz parte da cultura de muitas pessoas, mas está totalmente
errada", afirma a médica neurologista Célia Roesler, da Sociedade
Brasileira de Cefaléia. "O que as pessoas precisam entender é que
todas as dores de cabeça têm tratamento, e, na maioria das vezes, têm
cura", completa.
Existem mais de 150 tipos de dores de cabeça, causadas pelos mais
diversos fatores. Estudos sobre as causas da dor de cabeça têm
apontado origens diversas como problemas de visão, lesões vasculares
ou neurológicas, estresse emocional, reações alérgicas, má alimentação,
problemas de coluna, distúrbios hormonais e muitos outros.
Por isso, segundo a médica, o diagnóstico correto é indispensável
para o tratamento: "Se a pessoa perceber que está tomando analgésicos
diariamente, ou mais de três vezes por semana, é hora de procurar o médico,
de preferência um neurologista especialista em dor de cabeça. Mas
outros médicos, como o oftalmologista, o otorrinolaringologista e o
cirurgião buco-maxilo-facial também podem fazer o diagnóstico, que
envolve a avaliação de diversos elementos diferentes", explica.
Mas, apesar dos equipamentos ultra-modernos, segundo a médica, o mais
importante para o diagnóstico da dor de cabeça ainda é o histórico
da dor. "A partir desse histórico e da descrição detalhada a dor
(que muitas vezes acaba sendo feito depois da primeira consulta), o médico
tem condições de identificar a fonte do problema". Por isso, se
você sofre de dor de cabeça freqüentemente, comece a anotar a
quantidade de vezes em que toma analgésicos, a localização da dor e
as circunstâncias em que ela costuma aparecer. "Esses dados serão
indispensáveis para o diagnóstico", conlui a Dra. Célia.
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