Memória
cresce para acompanhar demanda
BRUNO GARATTONI
enviado especial da Folha a Las Vegas
Com a popularização de fotografias, músicas e vídeos
digitais, o armazenamento de dados assume importância
crítica -seja no PC ou em aparelhos portáteis, os arquivos
multimídia ocupam muito espaço. Por isso, as melhorias nos
cartões de memória e nos discos foram uma tônica da CES.
A Toshiba, que criou o disco rígido miniaturizado usado no
toca-MP3 iPod, da Apple, anunciou um disco com menos da
metade do tamanho do anterior e até 4 Gbytes de capacidade.
Usando esse componente, os fabricantes poderão criar
toca-MP3 ainda menores e mais poderosos (leia texto nesta
página).
No segmento de cartões de memória, a SanDisk (www.sandisk.com)
anunciou um protótipo de cartão Memory Stick com 2 Gbytes,
espaço suficiente para 33 horas de música digital com boa
qualidade. Atualmente, os cartões de memória compactos -MultiMedia
Card e Secure Digital (SD)- não passam de 1 Gbyte.
Outra inovação está na transmissão de dados. Durante a
feira, a Toshiba mostrou um cartão SD que, em vez de
guardar dados, funciona como antena do tipo bluetooth,
permitindo que micros de mão, câmeras e aparelhos
portáteis troquem arquivos entre si e com o PC sem precisar
de fios.
Os discos ópticos regraváveis prometem um avanço
considerável: a tecnologia Blu-ray, que está sendo
desenvolvida por vários fabricantes para suceder o DVD.
Enquanto um DVD comporta 8,5 Gbytes de dados, os discos
Blu-ray guardam até 27 Gbytes, o que os torna suficientes
para armazenar vídeo de alta definição. A capacidade é
maior porque os gravadores Blu-ray usam um raio laser mais
preciso, capaz de agrupar os dados com mais densidade.
Atualmente, os DVDs que podem ser gravados no micro
doméstico (DVD-R) têm apenas 50% da capacidade dos discos
industrializados, mas isso deve mudar: a Pioneer destacou,
em seu estande, um protótipo que sobrepõe duas camadas de
gravação (dual layer) e atinge 8,5 Gbytes, o suficiente
para quatro horas de vídeo com boa qualidade.