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Globeleza, este ano, é
virtual
SÃO PAULO - Grávida do
segundo filho, a modelo Valéria Valenssa perdeu o posto de Globeleza (ícone do
carnaval da TV Globo) este ano para um clone virtual seu em 3D.
Em setembro, Valéria teve 45
pontos estratégicos do corpo monitorados e filmados por 24 câmeras simultâneas
no estúdio House of Moves, de Los Angeles, enquanto sambava vestida com uma
roupa preta. Sua coreografia foi registrada por computadores e, com cálculos
matemáticos, transformada em um software.
O método usado para capturar
os movimentos utiliza esferas luminescentes em pontos estratégicos do corpo. São
estas esferas que são capturadas pelas câmeras e transferidas para o
computador, onde são transformadas em pontos de ambiente 3D.
Já no país, a produtora
Seagulls Fly cuidou das referências do rosto e do corpo de Valéria,
fotografado sob diversas luzes e ângulos diferentes e também do estudo de
musculaturas e deformações do corpo para que pudesse ser feita a modelagem 3D.
A idéia, explicam os criadores, era fazer com que o corpo virtual se parecesse
o máximo possível com um corpo real, conferindo mais balanço a partes como
ombros, seios e coxas – e que não que ficasse tão rígido como é
normalmente um personagem virtual.
Todas as demais características
físicas da modelo, como tons de pele, cor dos lábios e dos olhos, unhas e
cabelos também foram recriados virtualmente. A pintura do corpo, com motivos de
circuitos impressos, foi desenvolvida por uma designer de Viena, Sylvia Trenker.
Segundo a TV Globo, o software
utilizado para renderização das imagens na criação da vinheta foi o Brazil.
Na pós-produção, foram usados o Combustion e o After Effects. A criação é
do marido da modelo, Hans Donner, em parceria com os designers de computação
Flavio Mac, Fernando Reule, Fabrício Moraes e Gustavo Duva.
Renata Mesquita, do Plantão
INFO
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